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Arquivo da categoria: Reviews

The Horrors – Skying

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Semana passada a banda The Horrors lançou seu terceiro álbum de estúdio pelo selo da XL Recordings, mesma gravadora do Vampire Weekend, Friendly Fires, M.I.A. Formada em 2005 na cidade de Shoutland, Inglaterra o The Horrors é muito mais que só uma banda com garotos de calças apertadas. O Sucessor de Primary Colours de 2009 é o mais consistente da banda, vou dizer por que.

Em Skying tudo aquilo que gostamos do The Horrors está lá, a incrível voz de Faris Rotter, as guitarras pós-punks e aquele ar nostálgico.  As letras continuam excelentes, a primeira faixa “Changing the Rain” abre com bastante classe Skying, plantando no ouvinte aquela vontade de escutar mais e mais. Destaques do disco são “Monica Gems”, “You Said” e “I Can See Through You”.

Mas é “Still Life” que vemos o The Horrors como tem que ser visto. Ela resume muito o Skying, nela vemos  se concretizar o que nos faz gostar deles, tudo está lá, não falta nada. Pela qualidade das composições, arranjo e o vocal The Horrors tem um dos melhores álbuns do ano.

Em seu lançamento atingiu a maior marca da banda sendo o 5º disco no Reino Unido. Os garotos cresceram e fizeram o dever casa, Skying foi aprovado.

 

Nota 8,5

REVIEW: Arctic Monkeys – Suck it and See (2011)

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Vamos direto ao que interessa!

=D

1 – She’s Thunderstorms

Começa com duas guitarras e voz. Uma música mais ao estilo The Strokes. Solo pouco agressivo. Não é exatamente o que se espera da primeira música de um novo álbum do Arctic Monkeys, mas após ouvi-la inteira, descobri que ela me agradou bastante!

2 –  Black Treacle

Música calma, como a primeira. Linha de baixo bem atenuada, coisa que eu gosto bastante, com riffs calmos de guitarra. Bem melódica. Gostei também!

3 – Brick by Brick

Agora temos um riff mais pesado iniciando a música. Ritmo mais intenso que o das duas primeiras músicas. Solos bem trabalhados na guitarra. Jogadinha do vocal e o backing vocal com o nome da música, “Brick by Brick”. Ótima!

4 – The Hellcat Spangles Shalala

O que mais se percebe é o baixo, muito bom! Música bem calma, com vocal bem “soft”, refrão grudento e ritmo lento. Já era conhecida por vídeos ao vivo. Não é a melhor do álbum, mas é bem boa, e tem tudo para grudar na mente de todo mundo.

5 – Don’t Sit Down Cause I’ve Moved Your Chair

Já conhecida, tem até clipe já! Bem pesada, puxando bastante para o lado Queens of the Stone Age da vida. Um vocal “sinistro”, um riff intenso e pesado. Muito boa!

6 – Library Pictures

Rápida. Intensa. FUCK YEAH -PAUSA- Calma. Vocal “soft”. –PAUSA- SOLO – FUCK YEAH AGAIN THIS IS ARCTIC MONKEYS. Bateria. ROCK’N ROLL. Sensacional.

7 – All My Own Stunts

Mais calma que a anterior. Meio hipnotizante. Riffs alternativos na guitarra, com um refrão bem marcante. Acaba de repente. Não sei se gostei muito ou pouco, mas gostei.

8 – Reckless Serenade

Outra “velha” conhecida do novo álbum. Gostei dela da primeira vez que ouvi. O baixo do início lembra Nirvana. A mais “pop” do álbum (a que tem mais chance de virar hit nas rádios brasileiras).

9 – Piledriver Waltz

Música “tchururu”, como diria a @likalynn . Agrada qualquer um, sem exceção (vide The Suburbs, do Arcade Fire, outra que ‘”ainda não conheço alguém que não goste”). Daquelas que eu vou, ainda hoje, tirar no violão. Linda

10 – Love is a Laserquest

Segue o ritmo de Piledriver Waltz. Baladinha bem calma e limpa. Provavelmente, será o momento do show onde todos levantarão as mãos e acenderão o isqueiro/ligarão o celular. Sempre agrada, apesar de eu estar esperando algo mais pesado. Linda [2]

11 – Suck it and See

Leva o nome do álbum, e mostra muito bem como ele é. Calmo, mais leve que os anteriores, com varias baladinhas. Essa é a famosa “se quiser chorar durante o show, a hora é agora!”. Já percebendo a linha que o álbum segue, dá pra dizer: uma das músicas é esta!

12 – That’s Where You’re Wrong

A última música do álbum é um pouco mais animada, mas não chega a ser pesada. Riffs leves formam uma melodia que agradam você, seu irmão mais novo, seus pais e até a vovó. Outra boa música dos Monkeys.

Análise Geral

Não é nada parecido com o que qualquer um esperava para o novo álbum do Arctic Monkeys. Várias baladinhas, músicas “thururu”, riffs leves, músicas calmas. Os fãs que esperavam músicas no estilo de “Teddy Pickers”, “Get on your Dancing Shoes” e “I Bet That You Look Good on the Dance Floor” podem se decepcionar.

Mas, pessoalmente… eu adorei.

Não teve uma música no álbum que eu diga “dessa eu não gostei”. Todas são boas e de qualidade. Um álbum que conseguiu manter o alto nível da primeira à ultima música. Músicas com ótimas melodias, para ficar cantarolando o dia inteiro! “Suck it and See” tem lugar garantido na minha lista de melhores de 2011.

Vou rezar aos deuses da música para iluminarem os produtores de shows e organizadores de festivais brasileiros. Espero que eles venham logo ao Brasil apresentar o Suck it and See. Mal posso esperar para vê-los ao vivo.

Nota Final: 9,0

Status: Aprovado

Iron Maiden empolga 50.000 fans em São Paulo

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Enquanto no Rio de Janeiro a falta de organização, causada, entre outras coisas,  pela ausência do Maracanã como palco para grande shows impediu a realização do show do Iron Maiden, em São Paulo a história foi diferente.

No sábado, 26/03, Bruce Dickson e Cia se apresentaram para um público de aproximadamente 50.000 no estádio do Morumbi.

Mesclando músicas do último CD, The Final Frontier, com clássicos da banda como Iron Maiden, The Evil that Men Do e Fear of the Dark, o Iron empolgou e muito os fãs, que cantaram junto todas as músicas.

O DaMusic estava lá, e conta como foi o show.

A banda de abertura foi o Cavalera Conspiracy, dos irmãos Max e Iggor, que fez sua segunda apresentação em solo brasileiro (eu tive a grande sorte de ter visto as duas!). A banda recém lançou seu segundo album, Blunt Force Trauma, e apresentou algumas das novas músicas, como o 1º single, Killing Inside, misturadas com músicas do primeiro álbum e clássicos do Sepultura. Conseguiram empolgar o publico, que chegou a cantar junto as músicas mais conhecidas.

Confira o Set List do Cavalera Conspiracy:

1-    Warlord
2- Inflikted
3- Killing Inside
4- Torture
5- Thrasher
6- Sanctuary
7- Terrorize
8- Refuse/Resist
9- Territory
10- Wasting Away
11- Doom Of All Fires
12- Troops Of Doom
13- Roots Bloody Roots

Então, aos gritos de OLE, OLE OLE OLE: MAIDEN, MAIDEN, o Iron subiu ao palco.

Com um show apoteótico, levantou o público e fez mais uma ótima apresentação. Músicas como 2 Minutes to Midnight, The Trooper, Iron Maiden, The Evil that Men Do, Blood Brothers e Dance of Death foram cantadas do íncio ao fim pelos fãs, fazendo até com que o carismático vocalista Bruce Dickson demonstrasse estar emocionado em alguns momentos.

A música Blood Brothers foi especial. “Vamos dedicar essa canção a todas as pessoas que fizeram parte dessas tragédias”, disse o cantor ao microfone, enquanto comentou que há fãs da banda na Síria e na Líbia, países atualmente em guerra. “Não importa sua cor, sua raça ou sua religião, se você é fã do Maiden é parte da família. Somos todos irmãos de sangue”, discursou.

Eddie, como de praxe, fez duas aparições: A primeira no meio de “The Evil That Men Do”, quando entrou no palco, personificado em um robô de três metros de altura, com câmera nos olhos (que transmitiam imagens para os telões), braços articulados e sua cara sinistra. A segunda foi em Iron Maiden, no fundo do palco, uma cabeça gigante com olhos vermelhos acesos, mandíbulas articuladas e garras, que fizeram o publico ir ao delírio.

Fear of the Dark, entoada pelas 50.000 pessoas presentes no estádio, foi o ápice do show. “De arrepiar!”. É algo que toda pessoa que gosta de metal deveria ver antes de morrer.

Em The Number of the Beast, um boneco aparecia no palco, representando o próprio diabo, com patas de bode e chifres. Mais uma vez, fãs levados ao delírio.

Enfim, o show foi sensacional, o que era esperado, já que se trata de uma banda experiente e lendária no mundo do metal. Ingresso valeu cada centavo, e caso eles voltem ano que vem, com certeza irei novamente!

Abaixo confira o Set List completo do show:

1. “Satellite 15… the final frontier”
2. “El dorado”
3. “2 minutes to midnight”
4. “The talisman”
5. “Coming home”
6. “Dance of death”
7. “The trooper”
8. “The wicker man”
9. “Blood brothers”
10. “When the wild wind blows”
11. “The evil that men do”
12. “Fear of the dark”
13. “Iron Maiden”

BIS

14. “The number of the beast”
15. “Hallowed by the name”
16. “Running free”

Álbum: Restrito (para todos, em qualquer lugar, todo o tempo)

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Rated R

Ontem, 3 de Agosto, aconteceu o lançamento da re-edição do segundo álbum da banda Queens of the Stone Age, Rated R.

Rated R, originalmente lançado em 2000, o primeiro álbum da banda a ser lançado por uma gravadora major (o álbum de estréia, lançado em 1998, com título homônimo, foi lançado pelo selo indie Losegroove, fundada pelo guitarrista do Pearl Jam, Stone Gossar), a Interscope.

O álbum foi o primeiro da banda com um aceitável sucesso comercial, aonde eles ganharam certa notoriedade, até que eles tivessem catapultados para a fama com o álbum posterior, Song for the Dead, de 2001.

O álbum foi inovador, e um grande passo no quesito musicalidade para a banda, comparado ao álbum homônimo de ’98. Os riffs de guitarra deixaram de ser mecânicos, repetitivos (taxados até mesmo de “robot rock” pelo frontman Josh Homme), e foram se transformando em temas mais densos e psicodélicos, remetendo a sons de bandas psicodélicas do final dos ’60 e bandas de hard rock e heavy metal dos ’70.

Rated R

Rated R

A faixa que abre o álbum, “Feel Good Hit of the Summer” é explosiva; Com um baixo distorcido e pulsante, explode e incita uma frase, que é repetida ao longo de toda a música:

Nicotine, valium, vicodin, marijuana, ecstasy and alcohol…

C-C-C-C-Cocaine!

Por incrível que pareça, ao longo do que parecem ser gritos de prazer alucinógeno, Rob Halforf, vocalista do Judas Priest, faz uma participação especial junto ao coro junkie.

O álbum segue a linha psicodélica com “Leg of Lamb”, “Better Living Through Chemistry” e “Monsters in the Parasol”; Com guitarras encharcadas de fuzz e distorção, riffs hipnóticos, vocais em dobra falsettados e solos de guitarra agudos.

O álbum também mostra a face garage punk da banda, bagagem trazida pelo baixista Nick Oliveri – “Quick and to the Pointless” e “Tension Head” provam isso, e é algo que se repetiria no Songs for the Deaf.

O álbum também tem faixas stoned free, com “The Lost Art of Keeping A Secret”, single com um ar misterioso e cool, e “Auto Pilot” e “In the Fade”, que contém a participação do que seria um colaborador constante com a banda, Mark Lanegan, ex-vocalista do Screaming Trees.

Rated R foi um marco no começo da década de 2000, um álbum muito marcante, e que deu início a uma cena pós-grunge nos Estados Unidos, moldando algo que é chamado de stoner rock hoje em dia. Lembrando que o álbum foi certificado com disco de prata na Inglaterra, atingiu posições altas em rankings da Billboard, e a revista Rolling Stone nomeou-o como 82º melhor disco da década.

Feel Good Hit Of The Summer

The Lost Art Of Keeping A Secret

Monsters In The Parasol

A re-edição do Rated R, entitulada de Rated R: Deluxe Edition, contém dois discos: o primeiro com o album Rated R e o segundo com alguns B-sides e uma apresentação no Reading Festival de 200. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil, mas já está disponível em lojas internacionais, como Amazon e iTunes.

Lembrando que o Queens of the Stone Age é uma das bandas cotadas para tocar no festival SWU dia 11, junto com outras atrações como Pixies, Incubus, Linkin Park e Avenged Sevenfold.

Desvendando Plastic Beach

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Concebido a partir de um projeto inacabado chamado Carousel, o álbum foi gravado em junho de 2008 a novembro de 2009 e produzido principalmente pelo grupo do co-criador Damon Albarn. Ele conta com participações de vários artistas, incluindo Snoop Dogg, Gruff Rhys, Bobby Womack, Mos Def, Lou Reed, Mick Jones, E. Mark Smith, Paul Simonon, Kano, e o Hypnotic Brass Ensemble. Alguns amigos meus não gostaram desse novo trabalho da banda, muito se deve ao fato deste CD da “assinatura sonora” dos álbuns anteriores Gorillaz (2001) e Demon Days (2005). Acredito que se ouvirem depois sem a mesma expectativa poderão se surpreender e isso serve para os leitores deste blog.

Plastic Beach contém letras sobre o consumismo, além de temas relacionados com ecologia. É possível que o engajamento de Damom Albam em várias causas de conscientização social tenha contribuído para a escolha desses temas nas letras das músicas presentes nesse álbum.

O CD abre com um hip hop, passando pela Superfast Jellyfish que é simples, porém, super divertida. Empire Ants chega perto de um trip hop, enquanto Some Kind of Nature tem cara de pop classudo na voz do Lou Reed. Já a música Glitter Freeze tem maravilhosos sintetizadores.

Vou parar por aqui! As outras músicas se quiserem saber, terão de ouvi-las. Percebam também que em todas as faixas há uma sonoridade bem diferente, talvez uma ou outra que segue a mesma linha, mas não perde o charme da coisa. A graça do Gorillaz é a habilidade de criar coisas diferentes pegando elementos de milhares de estilos musicais, altamente recomendado.

Gorillaz – Stylo

Gorillaz – On Melancholy Hill